Os donos que não conseguem desgrudar dos animais de estimação nem mesmo na hora de viajar ganharam uma ferramenta que promete facilitar a liberação dos bichinhos nos passeios. Quando entrar em vigor, o Passaporte para Trânsito de Cães e Gatos será emitido gratuitamente pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), e reunirá em um só documento todas as informações necessárias para que os animais possam transitar com segurança.
O passaporte é opcional e vale para viagens internacionais e nacionais, mas apenas animais que tiverem o microchip de identificação poderão receber o documento.
O decreto nº 7.140, que institui o uso do passaporte, entrou em vigor em 30 de março de 2010, mas ainda aguarda regulamentação. O objetivo é que os donos economizem tempo e dinheiro, considerando que o documento só será emitido uma vez e valerá por toda a vida do animal.
Informações essenciais, como o teste de titulação dos anticorpos da raiva, a carteira de vacinação e o Certificado Zoosanitário Internacional (CZI) - que antes eram adquiridos em papéis diferentes - ficarão somente no documento.
O passaporte será individual e intransferível e deverá conter informações como nome e endereço do dono, registro do bichinho no Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV) e exames exigidos pelos países de destino.
O ministério vai divulgar em sua página na internet (www.agricultura.gov.br) a lista de países que aderiram ao modelo brasileiro de passaporte - o trânsito entre esses destinos também será livre de burocracia.
O decreto que institui o documento prevê ainda que o animal receberá, obrigatoriamente, uma identificação eletrônica: um microchip do tamanho de um grão de arroz, a ser implantado no corpo. Apenas clínicas veterinárias cadastradas podem realizar o implante, que custa entre R$ 70 e R$ 100, e vale por toda a vida do animal.
O veterinário Paulo Henrique Cândido alerta que alguns cuidados não devem ser dispensados pelos donos que levarem os bichinhos em viagens: o bichinho deve estar com as vacinas em dia e deve estar em jejum para não ter problemas.
De acordo com a coordenadora substituta do Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro), Rogeria Oliveira, caso o dono opte por não ter o passaporte, o procedimento será o mesmo de antes: requisitar a emissão do CZI, que será cobrado sempre que se sair do país, e do Atestado Sanitário para Cães e Gatos, toda vez que se ingressar no Brasil.
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